Como não fazer chá: nutri lista quais ervas não podem ser misturadas
Folhas, flores ou raízes com o mesmo efeito podem causar malefícios quando misturadas nas preparações; entenda quais são e por que evitar
atualizado
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O consumo de chás pode trazer inúmeros benefícios ao organismo, principalmente as infusões que incluem mais de uma erva. Entretanto, algumas misturas de plantas ou outros insumos são capazes de sobrecarregar o organismo, trazendo, com elas, sérios efeitos colaterais.
Quando utilizadas da forma apropriada, as propriedades das ervas podem aumentar a imunidade, colaborar com a perda de peso, e acalmar a digestão, entre outros processos do organismo. Contudo, a nutricionista Mikaely Rodrigues faz um alerta: apesar dos inúmeros benefícios, é importante estar atento às ervas e suas funções, bem como a algumas misturas específicas.
Confira abaixo quais as folhas, flores e raízes que podem trazer malefícios ao serem misturas:
- Ginkgo biloba e erva-de-são-joão (Hypericum perforatum): a associação dessas folhas pode levar a alterações no metabolismo hepático e picos de pressão arterial.
- Ginkgo biloba e alho: Rodrigues alerta que, em forma de chá, ambos aumentam o risco de sangramento. Juntos, esse efeito é potencializado, podendo chegar ao ponto de provocar hemorragias.
- Erva-de-são-joão com valeriana ou iflora: a nutricionista alerta que o risco é de sedação excessiva, sonolência intensa e até depressão respiratória – condição em que a respiração ocorre de forma lenta e ineficaz.
- Unha-de-gato (Uncaria tomentosa) com equinácea (Echinacea purpurea): ambas estimulam o sistema imunológico, podendo causar excesso de resposta imune ou rejeição em pacientes transplantados.
Existem outros tipos de ervas que não devem ser misturadas. Em especial, aquelas que tem o mesmo efeito no organismo. “A cavalinha misturada com ervas como o chá verde, que têm cafeína, pode aumentar a insônia”, exemplifica a especialista.
Quando consumidas, as substâncias ativas dessas plantas interagem entre si ou com o metabolismo de quem bebe. Rodrigues explica que a interação altera a absorção de cada uma, aumentando efeitos adversos ou anulando benefícios.
O modo de preparo também é uma etapa que merece atenção. Principalmente por que, a depender da forma que a bebida é preparada, as folhas podem perder importantes propriedades.
Enquanto as folhas e flores precisam ser preparadas em infusão (método de abafar as folhas na água já fervida), as raízes, cascas e sementes devem ser feitas em decocção – cozinhadas por 10 min em água, a fim de extrair melhor as propriedades terapêuticas.