Nutricionista aponta qual alimento tem uma “bomba” de nutrientes
São tantos benefícios obtidos ao comer esse alimento, que a opção merece dispor de um espaço fixo nas refeições. Saiba o que é!
atualizado
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Consumida como chips ou adicionada em sopas, saladas, refogados, caldos e lamen, a alga desidratada é um daqueles alimentos que acumula uma infinidade de nutrientes, desde entre eles, o magnésio e a vitamina C. São tantos benefícios obtidos ao comê-la, que a opção merece dispor de um espaço fixo nas refeições, conforme aconselha a nutricionista Andrezza Botelho, de São Paulo.
Especializada em nutrição funcional e integrativa, Andrezza explica que as algas marinhas trazem alto teor de minerais, como iodo, cálcio, magnésio e ferro, além de fibras, antioxidantes e compostos bioativos com ação anti-inflamatória. “Também são uma excelente fonte de vitaminas do complexo B e C; e de carotenoides, a exemplo da luteína e da zeaxantina, capazes de contribuir para a saúde ocular”, cita.
Alga desidratada
Há quem pense que há a perda de nutrientes na forma desidratada do alimento. De acordo com a nutricionista, a maioria dos ativos “permanece preservada”, principalmente os minerais e as fibras. Entretanto, ela salienta que o mesmo não ocorre com algumas vitaminas hidrossolúveis, como a vitamina C. “Podem sofrer uma leve degradação no processo de secagem”, esclarece.
Andrezza pontua quanto ao iodo ser o mineral mais abundante nas algas marinhas: “É essencial para o funcionamento da tireoide”. Segundo a especialista, a depender do tipo do alimento, constam “bons teores de carotenoides antioxidantes, no caso, a fucoxantina”. Pequenas quantidades de ácidos graxos ômega 3 também são encontradas.

“Por serem ricas em fibras solúveis, como os polissacarídeos sulfatados, as algas marinhas favorecem a saúde intestinal e modulam a microbiota”, complementa. Na avaliação da especialista, o alimento conter esse conjunto de substâncias é mais um benefício importante, pois gera saciedade. “As fibras ajudam a reduzir o apetite e contribuem para um melhor controle glicêmico”, enfatiza.
“As algas auxiliam na regulação da tireoide devido ao iodo; melhoram a digestão e promovem um intestino saudável; e tem ação antioxidante e anti-inflamatória”, sintetiza a profissional de nutrição.

Consumo do alimento
Com relação ao consumo diário, Andrezza aborda ser seguro para a maioria das pessoas, desde que em quantidades moderadas e considerando a ingestão total de iodo na dieta. “Uma pequena porção de algas desidratadas (como uma folha de nori ou uma colher de sopa de wakame) já fornece uma boa quantia desse mineral”, menciona.
Pessoas com distúrbios na tireoide, principalmente hipotireoidismo, devem ter cautela ao ingerir o alimento desidratado. “O alto teor de iodo tende a afetar o equilíbrio hormonal”, elucida a nutricionista. Ela acrescenta que os alérgicos a frutos do mar precisam ficar em alerta: “Algumas algas podem conter resíduos”.
Outro aviso de Andrezza envolve o consumo excessivo. “Dependendo da origem do produto, pode levar ao acúmulo de metais pesados pelo organismo”, justifica. A respeito do melhor horário para comer algas desidratadas, a especialista recomenda ser no café da manhã, por “ajudar na reposição de minerais”. Já no almoço ou no jantar, a ingestão contribui para uma digestão mais equilibrada.

Comer algas desidratadas antes das refeições não é um equívoco. A ação tende a favorecer a saciedade, conforme a profissional de nutrição. O alimento pode ser ingerido sozinho, mas, no ponto de vista de Andrezza Botelho, combiná-lo ajuda a “potencializar os benefícios”. Ela sugere adicioná-lo a saladas ou em sopas com o objetivo de “melhorar o aporte de fibras e micronutrientes”.
A nutricionista orienta combinar o consumo de algas desidratadas com fontes de vitamina C. Ele exemplifica com o limão e a laranja. Ela reitera quanto a esse combo facilitar a absorção de ferro. “Também podem ser usadas em receitas com proteínas magras e grãos integrais para uma refeição mais equilibrada”, instrui a especialista em nutrição funcional e integrativa.
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