Marketing 2025: como as marcas devem se preparar

O marketing sempre foi um terreno dinâmico, e nunca houve mudanças tão aceleradas quanto agora. A cada ano, novas tecnologias surgem, além de regulamentações mais rígidas e consumidores cada vez mais exigentes.

“É como se estivéssemos constantemente ajustando as velas para navegar em mares que mudam de direção o tempo todo. E, 2025, promete ser mais desafiador do que nunca. Quem não se adaptar rapidamente pode, sem exagero, ficar à deriva”, afirma Leandro Rampazzo, CEO da Godiva Propaganda.

A inteligência artificial já não é apenas uma promessa futurista. Segundo o especialista, ela se tornou parte da base operacional do marketing.

Hoje, oito em cada dez profissionais já utilizam a IA, segundo a pesquisa “Decodificando os desafios da IA no mercado de publicidade digital” do IAB Brasil e Nielsen.

No dia a dia, as atividades estão mais eficientes, os processos mais ágeis e a criação de conteúdo, a análise de dados e a automação de campanhas nunca foram tão precisas.

Sustentabilidade

Rampazzo ressalta que a sustentabilidade também ganhou protagonismo.

Não dá mais para falar em responsabilidade social apenas da boca para fora.

Mais do que nunca, os consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais por produtos ecológicos, e isso como um sinal claro de que a consciência ambiental deixou de ser nicho e se tornou mainstream.

Diante disso, marcas que não adotarem práticas sustentáveis podem perder não só vendas, como também relevância.

Environmental, Social and Governance (ESG) não é apenas uma sigla bonita — é a direção para a construção de um futuro mais consciente e responsável.

Autenticidade

O marketing de influência, por sua vez, amadureceu. O público não se deixa mais enganar por números inflados de seguidores. O verdadeiro valor agora está na autenticidade.

“O mercado global de influência deve movimentar US$ 24 bilhões em 2025, e, na minha visão, o sucesso vai depender da escolha de influenciadores com comunidades realmente engajadas e afinidade genuína com as marcas. A credibilidade virou o principal ativo nesse jogo”, ressalta o CEO da Godiva Propaganda.

E o que dizer da realidade aumentada (AR) e das experiências imersivas? São ferramentas que já transformaram a forma como se conectam com o consumidor.

No varejo, os provadores virtuais evoluíram de experimentos para entrar nas estratégias das marcas. E não é só no e-commerce; o entretenimento e os eventos estão explorando essas tecnologias para criar conexões mais profundas e personalizadas.

“Quando vejo o brilho nos olhos do consumidor ao interagir com uma experiência imersiva, sei que estamos no caminho certo.”

Leandro Rampazzo, CEO da Godiva Propaganda

Privacidade de dados

A privacidade de dados se tornou uma prioridade incontestável. Mesmo com o Google adiando o fim dos cookies de terceiros no Chrome, a preocupação dos consumidores continua em alta.

90% dos brasileiros valorizam a proteção dos dados pessoais e 75% pensam duas vezes antes de compartilhar informações on-line.

Para os profissionais de marketing, isso significa adotar práticas transparentes e responsáveis na coleta e uso de dados. A confiança do consumidor é um recurso valioso, que pode ser facilmente perdido.

Storydoing

Diante desse cenário, o especialista acredita que é necessário estratégias mais diretas, personalizadas e dinâmicas. O storydoing, que dá voz às ações reais das marcas, está superando o storytelling tradicional. O público quer ver autenticidade e compromisso verdadeiro; qualquer deslize pode custar caro.

Para acompanhar tudo isso, não basta inovação pontual. É preciso que ela esteja no DNA da empresa.

Equipes capacitadas, processos dinâmicos e ferramentas tecnológicas não são mais diferenciais, mas o básico. As estratégias omnichannel precisam garantir uma comunicação integrada, oferecendo ao consumidor uma experiência consistente, independentemente do canal escolhido.

Os indicadores de performance também evoluíram. Além do ROI, métricas como tempo de engajamento, retenção e comportamento do consumidor ganharam espaço. Quem souber interpretar esses dados terá uma vantagem competitiva inegável, ajustando estratégias com mais precisão e agilidade.

O marketing de 2025 exige inteligência, conexão e um entendimento aprofundado do consumidor, que está mais criterioso e seletivo do que nunca.

O futuro pertence a quem entende que a inovação vai além de um departamento isolado; é uma mentalidade que precisa permear toda a operação.