Caça Comunistas: Moraes e Zanin estão em lista de grupo de matadores
Além do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, o nome dos ministros do STF também integram a lista
atualizado
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Uma agenda apreendida pela Polícia Federal (PF) durante a 7ª Fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quarta-feira (28/5), revelou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin tinham seus nomes anexados a uma lista de alvos do grupo “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”.
O esquema, composto por militares da ativa e da reserva, além de civis, especializados em espionagem e assassinatos sob encomenda, agia com alto grau de organização, utilizando tecnologia de vigilância avançada, como drones, além de táticas de infiltração social, recorrendo até mesmo a prostitutas para se aproximar de alvos.
Nesse mesmo documento, o nome do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que ocupou o cargo até fevereiro de 2025, foi encontrado como estando na mira do grupo criminoso.
De acordo com a PF, o Comando C4 mantinha uma tabela de preços para serviços de espionagem e homicídios: R$ 250 mil para monitoramento de ministros do STF, R$ 150 mil para senadores — faixa na qual Pacheco se enquadrava — e R$ 100 mil para deputados federais.
Até o momento, não foram divulgadas informações acerca de em qual faixa Zanin e Moraes foram colocados na lista.
Operação da PF
Por ordem do ministro Cristiano Zanin, do STF, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva; quatro de monitoramento eletrônico; e seis de busca e apreensão, nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Além disso, foram impostas medidas como recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato entre investigadose retenção de aportes.
Entre os presos estão:
- Aníbal Manoel Laurindo, produtor rural, apontado como mandante do homicídio;
- Coronel Luiz Cacadini, militar da reserva e suposto financiador do crime;
- Antônio Gomes da Silva, acusado de ser o atirador;
- Hedilerson Barbosa, suspeito de intermediar a execução e dono da arma;
- Gilberto Louzada da Silva, cuja participação ainda é investigada.
Além do aparato bélico, a PF apreendeu registros manuscritos, inclusive a tabela de preços do grupo, que detalhava valores conforme a posição ocupada pelas vítimas.